MP solicita suspensão da cobrança dos boletos do IPTU em Cuiabá
prazo para o pagamento do imposto termina nesta terça-feira (25). No entanto, o procurador pediu a emissão de novos boletos com data de vencimento no prazo de 30 dias.
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), solicitou ao Tribunal de Justiça a suspensão do Decreto publicado na quinta-feira (20), que reajustou o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Cuiabá em 6,47%.
No pedido, o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, solicitou o cancelamento dos boletos emitidos, inclusive com ordem para que a rede bancária se abstenha de recebê-los até nova ordem judicial.
Segundo o decreto, o prazo para o pagamento do imposto termina nesta terça-feira (25). No entanto, o procurador pediu a emissão de novos boletos com data de vencimento no prazo de 30 dias.
“Em vez de dar cumprimento à ordem judicial, consistente na emissão de novos boletos, limitou-se a impor que o contribuinte busque os postos de atendimento indicados pelo Município ou via internet no site da Prefeitura”, destacou o PGJ na Reclamação.
Para a PGJ, a Prefeitura de Cuiabá deveria ter cancelado os boletos e restituir aos contribuintes os valores pagos. Ou, ao menos, ter determinado a dedução ou compensação dos valores pagos em relação à emissão dos novos boletos, o que não foi feito.
De acordo com o Ministério Público, a situação “importará em enriquecimento ilícito por parte da administração tributária do município de Cuiabá na medida em que muitos contribuintes acabaram por pagar duas vezes o imposto no exercício de 2023, ainda que o valor já possa ser abatido do imposto no exercício de 2024”.
Entenda o caso
Após a atualização da planta genérica, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) entrou com uma ação de inconstitucionalidade, no dia 15 de fevereiro, para suspender a lei. O MP disse que a norma aumentará o tributo de forma desproporcional, violando a capacidade contributiva do cidadão.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) acolheu o pedido do MP e suspendeu a lei no dia 30 de março. Os desembargadores pontuaram para que a população não pagasse o IPTU, até que a prefeitura emitisse novos carnês com valores referentes a legislação anterior.
Após a decisão, a Prefeitura de Cuiabá entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu para manter aumento do IPTU. O STF pediu a manifestação do Procurador-Geral de Justiça de Mato Grosso e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
No dia 6 deste mês, o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz Junior, explicou que o reajuste do IPTU para a grande maioria da população seria de forma exponencial e completamente “alheia à realidade econômica e à capacidade contributiva do cidadão”. Por isso, segundo ele, o MP decidiu por derrubar o aumento feito pela prefeitura.
Já a Procuradoria-Geral da República (PGR) também deu um parecer contrário ao recurso da Prefeitura de Cuiabá. O Procurador-Geral da República Augusto Aras disse que os elementos indicam a evidente desproporção na fixação da nova base de cálculo do IPTU e, por isso, indeferiu o pedido de suspensão da decisão do TJMT.
Na quinta-feira (20), a Prefeitura de Cuiabá voltou atrás e publicou um decreto sobre a cobrança do Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) de Cuiabá deste ano. Segundo o órgão, será atualizado apenas 6,47% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desconsiderando a nova lei.
Visitei seu site, achei legal, voltarei em breve..!
Oiii tudo bem ? Espero que sim ! Adorei seu artigo muito bom mesmo; Sucesso :)
Sou a Bianca De Oliveira, gostei muito do seu artigo tem muito conteúdo de valor, parabéns nota 10. Visite meu…
Que legal...!! Esta foi uma visita excelente, gostei muito, voltarei assim que puder... Boa sorte..!