Brasil estuda socorro à Argentina, que quer evitar maxidesvalorização em ano eleitoral
Os presidentes da Argentina e do Brasil se encontram nesta terça-feira (2) – e suas equipes econômicas também. A ajuda brasileira seria um paliativo para uma economia que passa por uma crise histórica e que negociou com o FMI um pacote de resgate de US$ 44 bilhões
Os presidentes da Argentina e do Brasil se encontram nesta terça-feira (2) – e suas equipes econômicas também – para buscar uma alternativa que dê algum fôlego ao país em ano eleitoral. Alberto Fernandez, presidente argentino e aliado de Lula, se encontra com o brasileiro na tarde de hoje, numa tentativa de conseguir uma sinalização da maior economia da região que passe por linhas de crédito e até eventual uso do banco dos Brics.
Fernando Haddad e o seu par argentino, Sergio Massa, potencial candidato na eleição presidencial deste ano, também vão se encontrar. O Brasil tenta ajudar os argentinos, principalmente por meio de linhas de financiamento aos exportadores brasileiros, seja via BNDES ou bancos comerciais.
O entrave principal, no entanto, é a garantia que os importadores argentinos podem dar para as operações de compra. Títulos argentinos, por exemplo, não são considerados ativos seguros. E há ainda a questão de conversibilidade, já que o peso vem perdendo valor.
No começo da gestão Lula, se discutiu a possibilidade de operações de swap cambial para garantir o comércio entre os dois países – o que descartaria a necessidade de dólares por parte dos argentinos. Mas, como a operação envolvida títulos públicos dos dois países, o Banco Central brasileiro não topou.
Nesta terça-feira, a China faz esse tipo de operação com os argentinos e, segundo o governo argentino, isso estaria por trás do crescimento de 6 bilhões de dólares do comércio entre os dois países em cinco anos.
A ajuda brasileira seria, de qualquer maneira, um paliativo para uma economia que passa por uma crise histórica e que negociou com o FMI um pacote de resgate de US$ 44 bilhões. O ritmo intenso da desvalorização recente do peso acelerou a crise, aumentando a inflação e o medo de uma maxidesvalorização, que seria um desastre ainda maior para o atual presidente em termos políticos. Além disso, o país passou por uma seca extrema que impactou a produção agrícola e, consequentemente, suas exportações – e entrada de dólares.
Uma outra saída seria o uso do banco dos Brics. Ocorre que a instituição, hoje presidida por Dilma Rousseff, não financia países que são de fora do grupo, formado por China, Rússia, Índia e África do Sul. Brasil e China, no entanto, poderiam propor uma solução, alterando as regras, mas essa saída demandaria tempo. Mercadoria de que a Argentina não dispõe no momento.
Visitei seu site, achei legal, voltarei em breve..!
Oiii tudo bem ? Espero que sim ! Adorei seu artigo muito bom mesmo; Sucesso :)
Sou a Bianca De Oliveira, gostei muito do seu artigo tem muito conteúdo de valor, parabéns nota 10. Visite meu…
Que legal...!! Esta foi uma visita excelente, gostei muito, voltarei assim que puder... Boa sorte..!