Em ano de Copa feminina, CBF prevê investimentos diretos no futebol de quase R$ 800 milhões
Custos de seleções de base e femininas tiveram queda de 40% entre 2021 e 2022. CBF deve ter, pelo terceiro ano seguido, receitas acima de R$ 1 bilhão
Á CBF anunciou na última semana faturamento CBF de R$ 1,2 bilhão e ainda lucro recorde em 2022 – de R$ 143 milhões. Nos últimos dias, o balanço completo foi publicado no site da entidade nacional do futebol com a previsão orçamentária para 2023 de investimentos diretos de quase R$ 793 milhões no futebol e, uma vez mais, receitas totais acima de R$ 1 bilhão.
A leitura do balanço mostra que o custo da seleção principal masculina “comeu” 28% do investimento considerado direto no futebol – representou total de R$ 196 milhões gastos que passam pela comissão técnica, viagens de delegações, passagens, alimentação, hospedagens, entre outras necessidades do último ano de Copa do Mundo do Catar, na qual o Brasil terminou com a 7ª posição.
Marta em ação pela seleção brasileira no amistoso contra o Canadá, na SheBelieves Cup — Foto: Thaís Magalhães/CBF
Em 2022, os investimentos diretos no futebol da CBF foram de R$ 702 milhões – este montante serve para apoiar as diversas competições nacionais, clubes das séries B, C e D, a qualificação de arbitragem, mas também para abastecer as nove seleções, entre as principais masculinas e femininas, mais a sub-23, sub-20, sub-17 e sub-15.
Ednaldo Rodrigues é eleito o novo presidente da CBF
Se na seleção masculina principal – responsável por mais da metade de todo o faturamento do ano na CBF apenas em patrocínios (R$ 567,2 milhões) – o investimento saltou 45%, nas seleções femininas e de base houve queda de 40% – saindo de R$ 121,1 milhões em 2021 para R$ 72,6 milhões. O que se deve também pelo menor número de competições disputadas.
O orçamento da feminina ainda está sendo fechado, mas existe a promessa de aumentar substancialmente este número em 2023 por ocasião da Copa do Mundo que começa dia 20 de julho nas sedes da Austrália e da Nova Zelândia. Recentemente, por sinal, a técnica sueca Pia Sundhage lamentou que o Brasil ainda não tenha trabalhos constantes com seleções femininas sub-15 e sub-16.
Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues assina documento de candidatura do Brasil a sede da Copa Feminina de 2027 — Foto: Lesley Ribeiro/CBF
Rompimento de contratos
Na carta do balanço, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, conta que encerrou contratos considerados lesivos – um deles era da comercialização da Copa do Brasil, que saiu de R$ 13 milhões para R$ 150 milhões, como o presidente disse na reunião de aprovação do balanço. A CBF também tenta recuperar verba previstas em contrato de empresas que estavam inadimplentes, num total de R$ 100 milhões possíveis de ganho, caso tenha sucesso nas ações.
Outra diferença que chamou a atenção no balanço foi a queda na receita da CBF Academy, o braço de ensino da CBF que forma treinadores, executivos de futebol e outras funções dentro do ecossistema do jogo. Em 2022, o faturamento da CBF Academy foi de R$ 9,8 milhões, ante R$ 12,8 milhões em 2021. De acordo com a CBF, a diferença se deu pelo encerramento do contrato com a empresa chinesa Kingdomway Sports.
Em 2019, a CBF e os chineses assinaram acordo para promover o ensino do futebol brasileiro na capacitação de treinadores de crianças e adolescentes na China por 15 anos consecutivos. Os valores deste acordo foram diluídos e “inflaram” os números entre 2019, 2020 e 2021, mas a parceria foi encerrada no ano passado. Em contato com o ge, a CBF explicou que na conta apenas de receitas com cursos e atividades da CBF Academy houve aumento de R$ 7,7 milhões para os R$ 9,8 milhões – aumento de 27%.
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