Mais de 1,2 mil vagas devem ser abertas para curso de mecanização agrícola em MT

No ano passado, foram abertos 1,3 mil vagas nesta modalidade. O objetivo do curso é qualificar operadores que trabalham com processos, máquinas e equipamentos de tecnologia, com foco no aprimoramento do agronegócio.

O curso engloba 27 conteúdos diferentes, como por exemplo, operação de colheitadeira de grãos, de tratores e de pá carregadeira.

Em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, o curso de mecanização e agricultura de precisão despertou o interesse até de profissionais de outras áreas.

A jovem aprendiz, Lyara Moraes, começou a fazer o primeiro curso técnico em agropecuária ainda quando tinha 17 anos e hoje entende que o agronegócio precisa de mais profissionais na área.

“Nessa área nós precisamos estar sempre muito bem informados, porque o produtor precisa de um profissional bem qualificado e que entenda sobre o assunto”, disse.

Segundo o produtor rural, Sidney Flach, não basta somente entender sobre a parte tecnológica, mas também é essencial trabalhar com a parte operacional.

“Eu venho vendo que de um ano para cá vem melhorando um pouco, o pessoal está se interessando mais, porém o problema que nós temos é na parte tecnológica, as pessoas que contratamos não são qualificadas o suficiente, além de terem problemas com o operacional”, contou o produtor.

No ano passado, Mato Grosso registrou mais de 89 mil contratações no agro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontou, também, que é durante o período de safra que as admissões aumentam, principalmente para trabalhar em lavouras de forma temporária.

De acordo com o instrutor do Senar, Dimitry Bulaty, o curso de capacitação é essencial para aqueles que querem desenvolver atividades dentro do campo.

“Agora que vai entrar o período da entressafra, é a hora que os alunos vão começar a ter os treinamentos com os operadores das fazendas, momento em que entramos com os cursos do Senar. Iremos passar essa capacitação para que quando comece a safra, eles já estejam aptos a estarem trabalhando na área”, explicou.

O estado abarca diversas oportunidades no agronegócio, o que desperta a busca por especialização, como o caso de Paulo Henrique Soares, que veio de Portugal para estudar.

“Estava morando fora do país, onde eu estudava engenharia civil, uma área totalmente diferente. Retornei a Sinop e vi que aquilo não era algo que eu queria. Vim a convite de um amigo que me chamou para fazer um teste em uma fazenda, com máquinas. Vou ficar 30 dias só estudando e fazendo curso para eu me qualificar e poder retornar a fazenda”, ressaltou.