João Fonseca dá salto no ranking em 2024 que Guga levou dois anos para alcançar; veja comparação

João começou a temporada em 730º lugar no ranking, tendo no currículo apenas um jogo pela ATP – a derrota para o eslovaco Alex Molcan por 2 sets a 0 (6/0 e 6/3) no Rio Open de 2023. No início de 2024, o carioca ainda não tinha planos de disputar o circuito profissional e sua expectativa era jogar tênis universitário nos Estados Unidos, representando a Universidade da Virgínia. Mas em abril, tudo mudou.

Após surpreender e chegar às quartas de final do Rio Open 2024, o tenista teve uma ascensão meteórica, subindo mais de 200 posições no ranking. Saltou da 655ª para a 437ª colocação e anunciou a decisão de se tornar profissional. Embalado, chegou à final do Challenger de Assunção, no Paraguai, em março, passando a figurar entre os 300 melhores do mundo. Alcançou as quartas de final no ATP 250 de Bucareste, na Romênia, em abril. E, em julho, conquistou o sonhado primeiro título no Challenger de Lexington, nos Estados Unidos. Com a vitória, entrou para o top 200 do ranking, assumindo a 167 posição.

Apesar de fechar a temporada sendo campeão do Next Gen ATP Finals, João não subirá no ranking, já que o torneio não distribui pontos. Mas o atual número 145 do mundo pode comemorar a expressiva escalada de 585 pontos, algo que nem o maior tenista da história do país conseguiu em tão pouco tempo.

Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros e número 1 do mundo em 2000, levou duas temporadas para ter um salto ao menos parecido. Em 1993, então com 17 anos, Guga fez sua primeira aparição no circuito e terminou o ano em 670º lugar no ranking. Na temporada seguinte, em 1994, teve como melhor resultado as quartas de final do Challenger de São Luís e terminou em 371º na lista. No fim de 1995, após acumular 19 vitórias em partidas de torneios do nível Challenger, alcançou a 188ª colocação. Uma ascensão de 482 posições num período de dois anos.