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Brasil se impõe pelas mãos de Ana Cristina e vence Holanda na Liga

Brasil se impõe pelas mãos de Ana Cristina e vence Holanda na Liga

Com grande atuação de ponteira, seleção volta a errar muito, sofre em alguns momentos, mas bate holandesas. Equipe volta à quadra na madrugada de sábado, contra República Dominicana

Os erros ainda foram muitos, é verdade. Mas, no fim, o Brasil soube ter paciência. Na manhã desta quinta-feira, a seleção de José Roberto Guimarães teve problemas diante de uma Holanda em reformulação. Ao contrário da estreia contra a China, porém, dominou os momentos decisivos para chegar à primeira vitória na Liga das Nações em Nagoia, no Japão. Em 3 sets a 0, parciais 25/23, 25/23 e 25/21, se impôs em meio às dificuldades com uma grande atuação de Ana Cristina, dona de 23 pontos.

Brasil 3 x 0 Holanda – Melhores momentos – Liga das Nações feminina de vôlei 2023

O Brasil volta à quadra na madrugada de sexta para sábado. A seleção encara a República Dominicana à 0h40, com transmissão do sportv2 e cobertura ao vivo do ge.

 

Brasil festeja ponto contra a Holanda — Foto: Divulgação

Brasil festeja ponto contra a Holanda — Foto: Divulgação

Como foi o jogo?

 

O placar de 3 a 0 pode até sugerir um jogo fácil. Não foi. A seleção brasileira voltou a errar muito em vários momentos, assim como na estreia, contra a China. No total, cedeu 21 pontos para as rivais em falhas não-forçadas. Mas, diante de um adversário bem mais frágil, soube se impor nos momentos decisivos. E com uma grande atuação de Ana Cristina. A ponteira, melhor em quadra, foi o principal nome da seleção, com 23 pontos na partida.

Números do jogo

 

Maiores pontuadoras:
Ana Cristina (BRA) – 23 pontos
Julia Bergmann (BRA) – 13 pontos
Elles Dambirk (HOL) – 12 pontos

Ataques:
Brasil – 43 pontos
Holanda – 35 pontos

Bloqueios:
Brasil – 8 pontos
Holanda – 8 pontos

Aces:
Brasil – 7 pontos
Holanda – 3 pontos

Erros de adversários:
Brasil – 17 pontos
Holanda – 21 pontos

1° set – Brasil erra muito, mas vira no fim

 

O primeiro momento não foi lá muito bonito. Na armação da jogada, ninguém se entendeu, e a bola sequer passou para o outro lado. Julia Bergmann, com um ace, até colocou o Brasil à frente pouco depois. Mas as dificuldades ainda estavam ali. Apesar de tantos duelos recentes, era uma Holanda desconhecida. Reformulada, a equipe europeia causou problemas logo de cara. Contou com outros erros do Brasil, é verdade, mas abriu 8/5 de forma inesperada.

A seleção de Zé Roberto não demorou a reagir. Depois de dois ataques holandeses para fora, o Brasil passou à frente em 9/8. O placar pulou para 15/12 momentos depois, com um ace de Kisy. Mas o time brasileiro abria espaço para sustos com erros não-forçados em sequência. Baijens voltou a deixar tudo igual na conta em 15/15. Mais à frente, a Holanda abriu dois pontos ao marcar 19/17.

Quando, em mais um erro, as rivais abriram 21/18, Zé Roberto parou o jogo. Era mais uma tentativa de arrumar a casa na primeira parcial. Mas a mudança de postura veio mesmo com a entrada de Maiara Basso para sacar. Com direito a um ace, a ponteira fez o Brasil deixar tudo igual em 22/22. A virada veio pouco depois, com Ana Cristina em contra-ataque, dando o set point à seleção. O ponto final também foi da ponteira, com um ataque cruzado: 25/23.

Brasil festeja ponto contra a Holanda — Foto: Reprodução

Brasil festeja ponto contra a Holanda — Foto: Reprodução

2° set – Brasil leva sustos, mas amplia vantagem

 

Na volta à quadra, a Holanda não diminuiu o ritmo. Logo de cara, abriu 3/0 e voltou a deixar o Brasil em um momento difícil no jogo. A reação veio na sequência. Carol, com um ace, colocou o placar em 4/4. A virada veio com uma pancada de Ana Cristina, marcando 6/5. Aos poucos, o Brasil se soltou. Em um erro de ataque das holandesas, a seleção abriu quatro pontos: 11/7.

Àquela altura, as três principais atacantes do Brasil mandavam no jogo. Ana Cristina, perfeita no contra-ataque, liderava as ações. Julia Bergmann, que cresceu no segundo set, e Kisy também davam à seleção uma maior tranquilidade diante de um rival motivado, mas frágil. Mas, quando tudo parecia dominado, o Brasil relaxou e abriu espaço para a reação. A diferença, que fora de seis pontos, caiu para apenas um: 15/14.

Carol festeja em vitória do Brasil — Foto: Divulgação

Carol festeja em vitória do Brasil — Foto: Divulgação

Foi só um lapso. O Brasil voltou a acelerar e abriu 17/14 com um ace de Carol, um tanto sumida no jogo. Mas, mesmo em um dia abaixo do esperado, a central brasileira tinha seus diferenciais. Em mais um ace, marcou 19/14 pouco depois. O saque brasileiro, aliás, causava estragos à recepção holandesa Ao soltar o braço no serviço, Ana Cristina abriu 22/18 e pareceu encaminhar a vitória no set. Não foi bem assim. A vantagem voltou a sumir em instantes, e Zé Roberto parou o jogo em 22/21. O empate veio em um erro de Julia Bergmann. Mas o Brasil soube sofrer antes de fechar. No último ataque, Julia Bergmann usou o bloqueio rival para dar fim à parcial em 25/23.

Julia Bergmann encara o triplo e vira para fechar o set

3° set – Brasil acelera e fecha o jogo

 

Julia Bergmann abriu a conta no terceiro set. A seleção tentou acelerar logo no início para não sofrer como nas parciais anteriores. A Holanda, porém, quis reagir e buscou dificultar a vida da equipe brasileira. Mas, em dois bloqueios seguidos, com Diana e Ana Cristina, o Brasil abriu quatro pontos, com 14/10.

O Brasil chegou a marcar 16/10, mas viu a Holanda voltar a cortar a diferença. O perigo foi passageiro. Ainda que não fosse brilhante, a seleção sabia sofrer. Lorena, que acabara de entrar, fechou a porta para Knollema e marcou 21/16. Julia Bergmann, também de bloqueio, ampliou na sequência e encaminhou a vitória. A Holanda até ameaçou uma nova reação, mas Zé Roberto acalmou os ânimos com um pedido de tempo. O ponto final tinha dona. Melhor em quadra, Ana Cristina soltou o braço para marcar 25/21 e garantir a vitória.

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