Conferência de saúde em Cuiabá é encerrada após tumulto
Representante do Gabinete de Intervenção deixou o local sob gritarias e vaias
A conferência que busca discutir o futuro da Saúde de Cuiabá após o período de intervenção foi marcada por gritos, confusão e protestos de ex-servidores demitidos pelo gabinete de intervenção, na tarde desta segunda-feira (5), na Assembleia Legislativa. O servidor Hugo Fellipe Lima, que também integra o Gabinete de Intervenção, sendo o “número 2 no comando”, não aguentou as manifestações e abandonou o local em meio a gritarias e vaias.
Ele se justificou dizendo que não conseguia se comunicar com os presentes, que teciam críticas à intervenção, que foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em março deste ano, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).
Lima saiu do auditório, onde acontecia o evento, no momento em que o presidente do bairro Pedra 90, em Cuiabá, Antônio Marco Nascimento Lemos, conhecido pelo apelido ‘Marco baiano’, se dirigia à mesa de autoridades aos gritos. No local estavam servidores e políticos como o deputado estadual Paulo Araújo (PP) e o deputado federal Abílio Brunini (PL) e o vereador por Cuiabá, Luis Claúdio (PP).
Vídeos gravados no local mostram o líder comunitário bastante exaltado e apontado o dedo em direção dos parlamentares. Também é possível ouvir gritos de apoio ao homem e enquanto outros gritam: ‘quem manda é o povo e não você’ e ‘está com medo’, além de vaias adereçadas a Hugo.
“Tem gente que veio a pedido da Prefeitura e a gente não consegue falar. Não tem debate, são ataques. Tem muito trabalho e eu estou indo embora”, desabafou Hugo Fellipe, após deixar a sala.
Baiano, não satisfeito, foi atrás do representante da equipe de intervenção e cobrou explicações. “Estamos te respeitando, tem que saber o que falar, meu irmão. Você é um representante público”, disse.
Segundo o líder comunitário, ele compareceu à conferência para pedir explicações do gabinete da intervenção à respeito das ações que vêm sendo tomadas pela equipe e reivindicar melhoras na Saúde, voltadas principalmente à prevenção e profilaxia de doenças para que o caos no setor não volte a acontecer.
“Nós precisamos da prevenção nos postos de saúde, e não chegar o caos no Pronto-Socorro. A Saúde está lotada porque os postinhos e policlínicas não estão funcionando e ainda querem fechar. A pauta é cuidar da saúde e da vida, que o povo só tem a vida”, argumentou Marco Baiano.
Ele reclamou que o gabinete de intervenção quer fechar a policlínica do Coxipó para reformar, o que deixaria a Saúde ainda mais sobrecarregada, por ter menos uma unidade e a população mais desamparada. Apesar da revolta, Hugo conversou com o FOLHAMAX e esclareceu que o debate de uma Saúde sem intervenção deveria ser discutido, uma vez que a proposta não terá vigência contínua, embora o próprio Ministério Público defende sua prorrogação até dezembro deste ano.
É uma decisão do Tribunal de Justiça. Basicamente, o Ministério Público nos perguntou o que não conseguiríamos resolver em 90 dias e respondemos. Então, o MP entendeu que tinha necessidade de continuar”, explicou. Depois de todo o alvoroço, a reunião foi encerrada pela ausência de representantes. O do Governo do Estado ficou sem, após a saída de Lima e a prefeitura não mandou ninguém para se pronunciar.
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