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Economista vencedor do Nobel diz que Brasil sobreviveu a uma ‘pena de morte’ ao se referir aos juros

Economista vencedor do Nobel diz que Brasil sobreviveu a uma ‘pena de morte’ ao se referir aos juros

Norte-americano Joseph Stiglitz participa do seminário ‘Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século 21’, na sede do BNDES, no Centro do Rio.

Prêmio Nobel de Economia em 2001, o americano Joseph Stiglitz disse, nesta segunda-feira (20), que o Brasil vem sobrevivendo a uma “pena de morte” ao se referir à alta taxa de juros no país, que classificou como “chocante”.

“O problema que todo mundo fala aqui no Brasil, já ouvimos várias vezes, é a taxa de juros. A taxa de juros reais [entenda abaixo] de vocês é realmente chocante. Os números que vocês estão falando a respeito (…) são um tipo de taxa de juros capaz de matar qualquer economia. Na verdade, eu acho notável que o Brasil tenha sobrevivido ao que normalmente seria uma pena de morte.”

A taxa de juros hoje está em 13,75% e a de juros reais atingiu 8,52% ao ano. A taxa de juros real é calculada com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.

Para Stigiltz, o Brasil sobreviveu porque conta com bancos estatais de desenvolvimento, como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. A declaração foi feita na sede do BNDES, no Centro do Rio, onde ele participou do seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século 21”.

A taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75% desde agosto, e o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) decidiu mantê-la na última reunião, em fevereiro — a partir de então, o presidente Lula vem constantemente criticando o BC pela ata. O colegiado se reúne novamente a partir desta terça-feira (21), quando discutirá se altera ou não a taxa.

 

O americano Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia em 2001 — Foto: Reprodução/TV Globo

O americano Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia em 2001 — Foto: Reprodução/TV Globo

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