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Guia carrega alpinista nas costas por 6 horas e o salva na ‘zona da morte’ do Everest

Guia carrega alpinista nas costas por 6 horas e o salva na ‘zona da morte’ do Everest

Pelo menos 12 pessoas morreram tentando alcançar o cume do Everest desde o início da temporada de escaladas em março.

Um alpinista malaio sobreviveu por pouco depois que foi resgatado por um guia que conduzia outro cliente ao cume do Monte Everest, afirmaram as autoridades do Nepal na quarta-feira (31). O salvamento ocorreu na chamada “zona da morte”, situada a mais de 8 mil metros de altitude onde as temperaturas podem chegar a menos de 30 graus.

Em 18 de maio, Gelje Sherpa, de 30 anos, guiava outro cliente até o cume do Everest, a 8.849 metros do nível do mar, quando viu o alpinista malaio agarrado a uma corda e tremendo de frio. “Tomei a decisão de cancelar o ataque ao cume de nosso cliente para poder levar [o outro alpinista] para um local seguro antes que ele morresse lá em cima sozinho”, escreveu o guia em uma postagem no Instagram.

Sozinho, Gelje carregou o alpinista por uma descida de 600 metros até encontrar outro guia que o ajudou no resgate.

“Levei de cinco a seis horas para passar de 8.500 [metros acima do nível do mar] para 7.900. Foi muito difícil”, afirmou ele em entrevista à Reuters.

 

 

A dupla recebeu o auxílio de um helicóptero quando chegou a marca de 7.162 metros, e o alpinista foi levado para o acampamento base do Everest.

O resgate foi registrado em vídeo e compartilhado nas redes sociais.

“É quase impossível resgatar alpinistas nessa altitude”, disse Bigyan Koirala, funcionário do Departamento de Turismo, à Reuters. “É uma operação muito rara.”

 

Tashi Lakhpa Sherpa, da empresa Seven Summit Treks, que forneceu logística para o alpinista malaio, se recusou a identificá-lo, citando a privacidade de seu cliente. O alpinista foi colocado em um voo para a Malásia na semana passada.

O Nepal emitiu um recorde de 478 licenças para o Everest durante a temporada de escalada de março a maio deste ano. Pelo menos 12 alpinistas morreram desde então — o número mais alto em oito anos—, e outros cinco ainda estão desaparecidos nas encostas do Everest.

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