Mais de 860 mil pessoas vivem na linha da pobreza em MT, segundo relatório

Ao g1, o governo estadual informou, em nota, que trabalha para diminuir esses números da pobreza dentro dos programas Ser Família, Ser Família Capacita e Ser Família Solidário.

O governo disse ainda que, neste ano, são ofertadas 50 mil vagas em cursos de qualificação para ajudar na inserção do mercado de trabalho, e que distribui cestas básicas e auxílio financeiro para famílias carentes.

Segundo o relatório, foram consideradas as linhas de pobreza e extrema pobreza estabelecidas pelo Banco Mundial, ou seja, US$ 6,85 per capita/dia e US$ 2,15 per capita/dia, respectivamente. Os valores foram convertidos pela Paridade de Poder de Compra (PPC). Assim, a referência mensal da situação de pobreza é de R$ 665,02, e de extrema pobreza, R$ 208,73.

Segundo a divulgação prévia feita pelo IBGE no ano passado, Mato Grosso alcançou mais de 3,7 milhões de habitantes.

O levantamento mostra que a taxa de pobreza no estado diminuiu no ano passado em comparação com 2021, que era de 30%. A taxa é abaixo da média nacional, de 33%. Mesmo assim, 862.100 pessoas vivem nessa situação.

Ainda segundo o relatório, foi calculado o rendimento médio mensal em reais da população residente. Em Mato Grosso, a média é de R$ 2.655, e o estado é o 8° no ranking do país com maior rendimento médio.

Em relação a taxa de extrema pobreza no estado, o estudo mostra que 4,1% da população vive com R$ 208,73 por mês. Ao todo são 151.700 pessoas nessa situação.

De acordo com o levantamento, esse número aumentou em relação a 2021, quando foi registrado 3,8%.

No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas saíram da linha de pobreza em 2022. Mesmo assim, a maioria da população de nove estados segue na pobreza. A taxa de pobreza brasileira caiu de 38,2% para 33% entre 2021 e 2022.

Mesmo com a queda, o número de pobres no país ainda é alto: são 70,7 milhões de brasileiros vivendo em situações precárias; eram 81,2 milhões em 2021.

A pesquisa mostra ainda que o número de brasileiros vivendo na extrema pobreza também diminuiu, recuando de 20 milhões em 2021 para 13,7 milhões em 2022. Isso significa que, no ano passado, 6,4% da população vivia nestas condições.