Projeto que obriga comunicação de aborto em MT à polícia, MP e Conselho Tutelar é aprovado em 1ª votação
Projeto cria o ‘Programa de Proteção ao Nascituro em Mato Grosso’ e, segundo o texto, é destinado à “proteção do direito à vida da criança, desde a concepção até o nascimento”.
Um projeto de lei que obriga a comunicação de tentativa ou consumação de aborto à polícia, Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e ao Conselho Tutelar foi aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa (ALMT), em sessão realizada na última quinta-feira (1°).
O projeto cria o ‘Programa de Proteção ao Nascituro em Mato Grosso’ e, segundo o texto, é destinado à “proteção do direito à vida da criança, desde a concepção até o nascimento”.
Com isso, qualquer tentativa ou consumação de aborto deve ser comunicado aos órgãos para providências cabíveis.
Segundo o projeto, a comunicação poderá ser feita por qualquer pessoa, mas, principalmente, para os profissionais da saúde da rede pública ou particular. O sigilo profissional assegurado ao médico e ao paciente, não se aplica nas situações de aborto criminalizadas pela lei, por se tratar de ilícitos penais.
Em justificativa para a aprovação, o deputado Gilberto Cattani (PL), que é autor da proposta, disse que o aborto trata-se de retirar a vida de um ser humano. O parlamentar argumentou ainda que muitos procedimentos são realizados de forma clandestina e que a prática precisa ser coibida em homenagem a preservação da vida.
O parlamentar também cita a Declaração Universal de Direitos Humanos, em que toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal e que a Constituição Federal que diz que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Frente parlamentar contra o aborto
Deputado compara mulheres com vacas durante criação de comissão para combater aborto em MT
Uma frente parlamentar formada por homens foi criada no dia 15 deste mês na ALMT para combater o aborto no estado. A Frente Parlamentar de Combate ao Aborto “Pró-Vida” tem como objetivo convencer mulheres a manter gestações indesejadas ou não planejadas.
Fazem parte da frente parlamentar os deputados Cláudio Ferreira (PTB), Beto Dois a Um (PSB), Dilmar Dal Bosco (União), Elizeu Nascimento (PL), Faissal (Cidadania), Gilberto Cattani (PL) e Júlio Campos (União). O suplente de deputado, Alex Sandro (Republicanos), também assinou o requerimento de criação do grupo, quando esteve em exercício parlamentar.
Durante a criação da comissão, o deputado Gilberto Cattani (PL) comparou a gravidez de mulheres com a gestação de vacas. Durante o debate, o deputado defendia a versão de que a vida existia desde o primeiro instante da gestação e, em sua fala, comparou mulheres a vacas.
“Quando a minha vaca entra no cio, está no período fértil e o touro “cobre” a minha vaca, é assim que a gente fala na roça, então ela está prenha. Isso é natural. Agora eu pergunto para qualquer pessoa: O que tem na barriga da minha vaca? Se você pedir para essas feministas ou essas pessoas que defendem o assassinato de bebês no ventre da sua mãe, eles vão dizer que lá tem um feto, não é um bezerro. Assim como eles falam da mulher, que dentro da barriga da mulher, até a 6ª semana, é um tipo de coisa, depois um amontoado de célula e assim por diante, que não é uma criança. Eles usam a palavra feto para desmerecer”, disse.
Deputado faz nova fala sobre gestação de mulheres e vacas
Em outro vídeo vazado, o deputado Cattani aparece dentro de um estábulo com duas vacas, quando começa a se “desculpar” com os animais. Após a fala, a Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) denunciou o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) ao Ministério Público do estado.
“Ao traçar tal paralelo, o deputado equivale o cio de animais de sua fazenda com o período fértil de uma mulher, e, sem qualquer necessidade para a discussão, fala em touro cobrindo a vaca”, diz trecho da denúncia.
O procurador-geral de Justiça do estado, Deosdete Cruz Júnior, aceitou a denúncia por discriminação de gênero e encaminhou para o Núcleo de Ações de Competência Originária, para análise sob perspectiva criminal. Uma cópia também foi enviada para a 25ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá.
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